MARIA JOSÉ RIBEIRO DE ABREU
( BRASIL - PERNAMBUCO)

Reside em Recife, Pernambuco.
Obras editadas: “O Mar”, pela Gazeta do Sertão, Camina Grande (PB); “Cantigas de ninar”, pela Shogun Arte, e “Papel e Lápis”, pela Crisalis Editora.

NOVA POESIA BRASILEIRA.  Capa: Christina Oiticica.  Rio de Janeiro: Shogun Editora e  Arte Ltda, 1986.  124 p.  No. 10 856
Antologia cedida gentilmente pelo livreiro BRITO, de Brasília.
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

DE QUE COR SERÁ SENTIR

                    Homenagem a Fernando Pessoa

                          
De que cor será sentir?
O verde, lembra a esperança
Dos dias da juventude,
Da pureza e da ternura
No riso de uma criança.

De que cor será sentir?
O branco, inspirando a paz
Que sempre queremos ter,
Cada ser chora seu pranto
Esperando um dia a ter.

De que cor será sentir?
No azul, vemos o infinito
Onde pensamos em Deus,
Querendo nela encontrar
O que há de mais bonito.

De que cor será sentir?
O vermelho, lembra a guerra,
As tristezas das batalhas
Que não queremos passar
E vemos tantas na terra.

De que cor será sentir?
A cor da melancolias,
Da saudade, da alegria,
Da bondade e da tristeza
Para a dor, que cor daria?

De que cor será sentir?
Sua pergunta Fernando,
De um cérebro inteligente

    É impossível traduzir
A cor do que a gente sente.

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Página publicada em agosto de 2025.